terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Símbolos

Estamos indo embora de São Paulo logo menos. Essa viagem foi, de longe, a mais sossegada e confortável de todas. Tivemos mais tempo livre, menos corre-corre. Com isso nasceram idéias pras músicas novas, azeitamos amizades, planejamos com mais calma o que será o nosso 2010. Isso sem contar com o que se aprende quando se tem um pouco de tempo pra refletir sobre os caminhos pessoais, e todo mundo precisa disso. Parece que está tudo conectado, que o grosso modo da vida já está escrito. Tantas coisas aconteceram que poderíamos interpretar como coincidencias mas preferimos interpretar como sinais. Talvez tenhamos melhorado mais um pouco a nossa capacidade de le-los.

Em Recife espero escrever mais aqui sobre essa nossa provável última saída de casa do ano. Enquanto isso queria (e sei demais que falo por todos da banda aqui) agradecer a qualquer força (Deus, ondas, baile das marés, vida, seja o que for) que nos trouxe tudo isso. Ao amor que recebemos de algumas pessoas e que nos alimenta. Que numa das noites me fez chorar só de ouvir um pedaço de música que está por vir.

Nesse tempo fora de casa surgiram muitas respostas, que nem cabem aqui de tao pessoais e indescritíveis.

Voltamos com mais sentidos, acredito.

Hoje me sentei em frente ao computador pra fazer um post aqui no blog. Sabia que ele tava precisando de uma atualizaçao e que haviam pessoas esperando por isso (acompanho pelo Google Analytics, minhas jóias). Sentei só pra escrever e, no ritual clássico, fui antes abrir meu e-mail. Eis que minha namorada, nem muito ligada nessa cena independente me manda um link cujo título era "Olha como esses meninos tao chiques!". Clico e vou parar direto na página da Globo.com, num vídeo do programa Experimente do canal de Tv paga Multishow.

O que isso tem a ver com tudo o que eu escrevi é que no final das contas eu to mesmo sensível pra caralho. Vi nossos brothers do Júlia Says (que estao morando aqui em Sampa, vivendo algo que está nos nossos planos de certa forma) tirando um som com Guizado, cuja banda de apoio conta com Curumim na bateria. Conhecemos Curumim em Londrina, quando fomos tocar no DemoSul, juntamente com o resto da sua banda. Todo mundo sangue bom demais. E aí, vejam só que coisa, num vídeo eu tenho símbolos pra uma porrada de coisa dessa viagem: Sampa, Londrina, amigos, programas de tv...

Esse vídeo nao traz ninguem da Nuda. Quer dizer, nao necessariamente: a cada dia vemos que somos mais do que só 5 pessoas.

É tudo uma coisa só.

Um comentário:

  1. incrível. a sinceridade, o texto, as razões. não fosse vc. tão talentoso músico, estaria a publicidade perdendo mais do que podia.

    ResponderExcluir