Olha só o que o BloodyPop falou da nossa vindoura bolacha:
http://bloodypop.com/2010/01/21/os-discos-brasileiros-mais-esperados-em-2010-nuda/
Quem: Nuda
Disco: “A Maré Nenhuma”
Previsão de lançamento: junho
Sai por onde: Independente
O que esperar:
O que já dá para ouvir: versões ao vivo de “A Maré Nenhuma”, “Toque pra Calhetas”, “Samba de Paleta” e “Eu e/ou Você, Doutor”
“A Maré Nenhuma quer dizer uma direção ao léu, será que dá pra entender? Significa tentar fazer o seu melhor e mergulhar nessa maré, ser guiado pra onde ela for levar, sem criar expectativas demasiadas, simplesmente fazer o bem e deixar que o universo se encarregue do resto”, diz Raphiro, um dos integrantes da banda pernambucana Nuda, que você já deve ter conhecido do nosso especial 20 Nomes Para Ficar Ligado Em 2010 ou da nossa lista de Melhores Músicas de 2009.
A declaração acima sobre o título do álbum talvez diga bastante sobre a própria banda e o que eles estão preparando para seu primeiro disco. Pelo que dá para perceber até aqui – e a força do single “Maruimstad”, que não estará no disco, transpira esse sentimento – o Nuda está completamente imerso na própria arte, prontos para revelarem o que pode ser um dos grandes acontecimentos na música brasileira esse ano.
“A Maré Nenhuma” deve ser gravado no fim de fevereiro/começo de março, mas no momento a banda está a toda num estúdio improvisado no quarto de Raphiro, no fim da pré-produção do álbum. Se tudo der certo, o disco estará por aí em junho em CD, SMD e download, mas quem acompanhar o blog da banda, talvez ganhe o direito de ouvir o álbum antes.
A sonoridade do álbum não deve passar longe do que foi mostrado no EP “Menos Cor, Mais Quem” e “Maruimstad” – que mistura samba com a tradição de trovadores nordestinos numa pegada ora psicodélica, ora ledzeppeliniana - mas deve ser mais focada:
Algumas músicas são mais antigas que o “Menos Cor, Mais Quem”, mas na época da gravação sentíamos que não estavam suficientemente maduras para serem gravadas. Mesmo algumas sendo consideradas prontas ainda não sentíamos a fagulha do “É isso!”. Talvez a diferença entre essa obra e o que foi feito no passado é que depois do “Menos Cor…”, viajamos muito. 2009 foi um ano nômade pra gente. Essa convivência intensa alinhou muitos pensamentos, tournou a intuição mais afiada, talvez. E isso se reflete diretamente na música e na nossa forma de compor.
O álbum deve ter 10 faixas, entre elas uma versão de “Ode Aos Ratos”, faixa que Chico incluiu no seu “Carioca”, escrita em parceria com Edu Lobo:
Quando ouvimos “Ode aos Ratos” pela primeira vez no “Carioca” de Chico, ficamos apaixonados pela música, pela letra, pelo jeito de Chico cantar, enfim, piramos. Aí alguém soltou um “bem que a gente podia tocar essa música, né?” e ninguém achou ruim. Pra não ficarmos muito contaminados pela música original, combinamos de ouvi-la poucas vezes. O resultado é uma versão mais lenta e ao mesmo tempo mais frenética, experimental até dizer basta. Ainda não temos certeza absoluta de que iremos gravá-la, já que estamos em fase de negociação com as produtoras de Chico e Edu, porém estão bem avançadas e tudo indica que vai rolar!
Das outras 9, os xodós momentâneos de Raphiro são a faixa título, “Toque Pra Calhetas” e “Acorde Universal”, essa última descrita como “a mais pesada do CD”:
A Maré Nenhuma
Essa música é um xodó tão grande que vem fechando nossos shows há uns meses. Além de ter uma mensagem positiva sobre o equilíbrio dos nossos desejos, anseios e expectativas, ela tem um clima muito pra cima, dançante, divertida. É a música em que a Nuda muda momentaneamente de formação: Henrique toca surdão e só no final vai pro baixo; eu apenas canto e no final vou pra percussão enquanto Judá assume os vocais.
“Toque pra Calhetas”
Um mapa cantado sobre como chegar nessa prainha aqui em Pernambuco. Na primeira vez que fui lá pra Calhetas, segui a música (na época ainda sendo trazida pra linguagem banda) e consegui chegar lá. Se fosse só isso já seria o suficiente, mas ela parece que carrega o sol em si.
“Acorde Universal”
Disparado a música mais pesada do CD. É o relato de uma pessoa que começou a questionar alguns dogmas religiosos, que foi abrindo os olhos pra forma como os homens distorceram a beleza e o amor proferidos pelos iluminados em busca de interesses egoístas. O nome vem de um acorde, um F# com alguma coisa, que parece se encaixar com qualquer nota, qualquer coisa. Mostramos isso na prática em certo trecho da música. Também vem de uma citação da própria música, em que o fiel, já louco, grita que há muito universo pruma só crença.
Tracklist provisório:
“A Pedra”
“Toque pra Calhetas”
“Pisa”
“Acorde universal”
“A maré nenhuma”
“Eu e/ou você, doutor”
“Samba de Paleta”
“O Homem” (título provisório)
“Ponta de Faca” (título provisório)
“Ode aos Ratos”
Raphiro: ÊÊÊba! Dossa: Êba! Judá: Ilalaaauu! Calisto: A maré vai pra lá ou pra lá? Caçapa: Sei lá!
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grande, NUDA
ResponderExcluirótima matéria!!!
ando lendo tudinho por aqui, só sacando o que vem por aí. beijo grande pra todos vocês