terça-feira, 11 de agosto de 2009

Vencendo a si mesmo

Nesses rolés gerais da banda, sempre temos o prazer de conviver com, genericamente falando, muitas formas de agrupamentos de indivíduos. Outras bandas, coletivos, agremiações, galera de artes, repúblicas, só pra começar. Esse contato com a diversidade traz a pergunta: e qual a liga que dá resistência a essas conexões, as conexões humanas? Qual a motivação de se relacionar?

A primeira resposta da humanidade foi sobrevivência, mas de lá pra cá, a "baleia já cortou muita água". Hoje, o que ela responde? Consumismo? Solidão parcelada em 3x? Progresso?

Aqui, nas tardes de frio de São Carlos, eu entendo as cidades morrendo com a padronização das relações enlatadas, o vazio completo de significados a que somos expostos em nosso modo de vida. Mas mesmo entre o concreto, brotam as flores. Vendo esses pequenos aglomerados, galeras iluminadas, gente do bem, cultivo alguns palpites sobre os porquês de se agregar: crescimento é o maior deles. A soma de um indivíduo com outro indivíduo, no final, sempre é maior que dois. Particularmente, tenho visto relações humanas belíssimas, nos coletivos, nas bandas, e leia-se então que seriam relações de grande crescimento pessoal de todos.

A escolha é sempre nossa. Todos nós temos a opção. Podemos sim escolher viver no mato. Podemos escolher o egoísmo do consumo e poluição inconscientes, o egoísmo das relações conturbadas de via única, ou apenas colher as flores de si mesmo, compartilhando seus frutos com todos aqueles ao redor, em harmonia.

Apenas uma ponderação.

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