domingo, 28 de fevereiro de 2010

Amanhã é Nuda ao vivo e na vera!




Amanhã às 10 da manhã começamos as gravações pra valer de A maré nenhuma. Fiquem ligados no nosso twitter (@sitionuda)que avisaremos os horários de transmissão, faremos comentários e queremos interagir com nossos expectadores. Uau! Quer dizer, ilalau!!

E tome postagem. Como diria Otto, aqui é festa, amor!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A aura mágica do Fábrica Estúdios

Quem entra aqui no blog já está há tempos ligado que a gente vai gravar A maré nenhuma, nosso cd novo lá no Fábrica. Desde que começamos a pré-produção no final de semana que passou, começamos o processo de adentrar cada vez mais no cd e, por consequência, nesse querido estúdio situado no meio das plantas.

Hoje fomos conversar sobre o que foi feito nessa pré-produção, já que só agora conseguimos ouvir nossas músicas numa qualidade melhor do que as gravações tradicionais de ensaio. Com isso, dá pra se ter uma noção muito maior de arranjos, de espaços, dos espaços em branco que estão vazios, dos preenchimentos que tão cheios demais. Por mais atentos que sejamos em estúdio, vira e mexe a gente escuta um detalhe de arranjo do outro que nunca tinha percebido. E foi nisso que o papo com Pablo Lopes, nosso produtor foi focado. Fizemos nossa primeira análise básica de espaços e já iniciamos os debates sobre adaptações e mudanças.

Aí nesse papo-vai-papo-vem entra na sala nosso amigo Públius Lentus (não tenho certeza da grafia do sobrenome) com um bandolin na mão, com aquele jeito terno e empolgado. Não tinha como não pedir pra ele tocar algo, nos presentear com sua sensibilidade musical.

E aí veio uma versão para "Something", de George Harrison. Na sala do trago do Fábrica. Quem já foi lá entende o clima. Quem não foi, pode ter noção com o vídeo desse momento. Presentchinho aí procês:

Movin Up: Uma revista massa!

Photobucket

No começo do texto abaixo, o jornalista e brother Maurício Angêlo, já explica um pouco do que achamos sobre ''brodagem'' x trabalho. Passando por essa explicação, Maurício talvez seja hoje o cara que mais gosto de ler, a respeito do assunto música:

Link: http://revistamovinup.com/2010/02/24/independente-br-pelo-fim-do-oba-oba/


''Não há nada de absurdo em alguém gostar realmente de uma banda, tecer elogios constantes e cobrir cada passo do grupo como algo fundamentalmente relevante. Aqui neste espaço o melhor exemplo talvez seja os pernambucanos do Nuda. Conheço os caras, sou amigo deles, gostei muito do som antes de conhecê-los e acho que minhas críticas foram quase sempre bem positivas. O que não significa que estão imunes se lançarem algo que não me agrade. Se isto acontecer, terei que fundar meu texto em argumentos da mesma forma que o faço quando elogio.

Sempre tomo muito cuidado com a “brodagem”. É bem delicada a aproximação às vezes inevitável do jornalista e do músico. Lidar com críticas nunca foi uma das maiores habilidades do ser humano e a possibilidade de criar um mal-estar é grande. Brodagem entre jornalistas e bandas é algo comum há bastante tempo. O Forastieri escreveu sobre isso. Problema é quando parte pro lado ruim: só falo bem da banda tal e vou fazer o que puder pra ajudar os caras. Deixa de ser jornalismo, vira outra coisa.

Mas o foco aqui é outro. A foto do Macaco Bong que ilustra o texto não é uma provocação. Respeito os caras, tenho amigos que são - eita - brothers deles, etc. Só não gosto do som. Vi show, ouvi o disco. Não acho que mereçam essa ovação quase unânime que a mídia alternativa dá. Também não são ruins. Nem tudo é maniqueísmo. Ninguém precisa viver de extremos.

Eis o principal problema da tal “cena” alternativa brasileira: ou a banda é “um lixo” ou é “a oitava maravilha do mundo”. Quando um grupo consegue ultrapassar as dificuldades iniciais, lançar um disco profissional, conquistar respeito na própria região e alcançar certo reconhecimento nacional, “entrar no círculo”, pronto. Torna-se praticamente uma afronta “ousar” fazer alguma crítica.

Parece claro que existem muito mais bandas “ruins’, defenestradas aos montes, do que grupos “protegidos” por aí. Verdade. Verdade também que falta à cena brasileira uma auto-crítica, uma transparência de ideias, uma discussão intelectual mínima. O que há é a eterna querela dos festivais, de como entrar na roda, como fazer sua música chegar a x ou y. “Quem tá fora quer entrar mas quem tá dentro não sai”. Uma entrevista que circulou bastante no meio e rendeu discussões interessantes foi essa. E sobre música, ideias, ninguém fala? Não há embate? Divergências? E o resto das coisas que não envolvem só o mercado e a sonoridade, cade?

Tudo é muito bom. Todos são amigos demais. As relações são próximas em demasia. Parte disso, creio, deve-se a uma necessidade gritante de ainda se solidificar. Da “colaboração mútua” construir uma coisa nova, forte, boa pra todos, que ainda não existe. Como se através da auto celebração tudo ficasse mais fácil. É válido, mas não pode se resumir aí.

Falta questionamento entre as próprias bandas. Falta confronto de opiniões bem argumentadas. Falta gente que tem coragem de dizer o que pensa. Nunca vi uma “cena” tão bunda-mole quanto essa. Saber dialogar e defender ideias às vezes contrárias sem levar pro pessoal e pra falta de respeito. Transformar isso em algo além. Dialética, afinal. Não é necessário sacrificar amizades por isso. Como também não é preciso puxar o saco de ninguém e forçar uma relação jornalista-banda, banda-banda, banda-público, produtores, etc. Num mundo razoavelmente aceitável devemos conseguir ouvir críticas sem cair em ofensas e infantilidade. E se alguma rusga mais séria acontecer, lidar bem com isso.

O oba-oba não favorece ninguém. A pasmaceira eterna não move nada. Para além do circuito de festivais, das reuniões do Fora do Eixo, etc, há que se ter uma postura que hoje inexiste. Natural, obviamente. Se não existe é porque é fruto de quem a faz. Tá na hora de acabar com o politicamente correto e a acomodação. Sair do universo seguro que foi criado. Aí, quem sabe, poderemos atingir a maturação. Difícil, complicado, enfrentar questões que ninguém quer, mas necessário. Contribua.''

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Foi daaaada a largada, meu povo!!!

Aê, porra!

Finalmente começamos a trabalhar em estúdio o "A maré nenhuma". Nesse fim de semana que passou fizemos a pré-produção do bichinho, ou seja, uma gravação rápida, menos lapidada, com o intuito de testar rapidamente umas sonoridades e ter um material para nós mesmos e nosso produtor musical Pablo Lopes podermos analisar as músicas com mais qualidade nos detalhes que uma gravação caseira.

Transmitimos tudo pela twitcam. Se você perdeu, se ligue: próxima semana começa a gravação na vera e a gente vai divulgar os horários em que vai rolar transmissão.

Enquanto isso, um videozinho com trecho de música inédita. Brinde pra vocês que acompanham o blog!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Pra quando é bom escrever assim

Escrever é tentar transcrever conceitos amplos demais. Na maioria das vezes. Olha, voce que esta ai, com o carnaval batendo na sua porta, nao se leve tanto a séerio, amigo. Pelo menos nesses poucos dias desse ciclo chamado ano. Na maioria dos casos a gente nao sabe o quanto precisa de leveza na vida. Talvez seja por isso que dizem que a gente deve deixar a vida levar. Aproveitem a agua, os amigos, os amores, os sons, todos os seus sentidos. Com energia boa, nessa fase da volta da terra ao redor do sol para os latono-americanos, acontece um desprendimento lindo mesmo.

Essa quebra da rotina propiciada pelo carnaval é um brinde que nem temos noçao do tamanho e/ou valor.

Essa coisa de viver um momento sem linearidade, sem se preocupar com porra nenhuma por poucos instantes e escrever um texto sem revisao, sem começo nem fim, sem pé nem cabeça.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A maré nenhuma: expectativa na Revista Movin Up

http://revistamovinup.com/2010/02/01/nuda-ineditas-e-disco-novo/

A Nuda é presença constante aqui na casa. Da primeira notícia de lançamento do EP “Menos Cor, Mais Quem”, ainda em maio de 2008, a entrevista e resenhas de show em BH e Brasília e outros pontos, muita coisa aconteceu. Os cabras rodaram o Brasil todo (duas vezes), apareceram na MTV, no Alto Falante, na Trama, na + Soma, o diabo.

Reconhecimento merecido. Quando se encontra uma banda diferenciada (basta ouvir as músicas, prestar atenção nas letras, ir aos shows, se ligar nas artes) o mínimo que você pode fazer é acompanhar de perto. O próximo disco já ganhou o título de uma música que vem sendo tocada desde 2008: A Maré Nenhuma, com previsão de lançamento em junho. Você pode conferir matéria completa sobre a vindoura bolacha lá nos parceiros do Bloody Pop.

Além de “A Maré Nenhuma”, “Toque Pra Calhetas”, “Samba de Paleta”, “Eu e/ou você, doutor” e a versão para “Ode Aos Ratos” (de Chico Buarque, do disco “Carioca”, esta nos shows) já são de conhecimento do público. Pense que eles ainda se deram ao luxo de não colocar algo ótimo como “Maruimstad” no álbum OU como recebo agora em primeira mão, o single de 2009, já queridíssimo nos shows, estará no novo trabalho. Melhor assim.

Eis que os ares pernambucanos nos trazem duas outras delícias gravadas no bacaníssimo projeto Música de Bolso: uma versão despojada de “A Maré Nenhuma” e a graça de “Vidracinha”.





Ouça, veja, acompanhe o blog. Se lançarem uma obra ruim, não dará pra perdoar, mas algo me diz que pelo menos um dos discos do ano vem por aí.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sobre a infinitude de uma obra.

Você já deve algum dia ter ouvido a máxima de que o artista não termina uma obra. A abandona. Com música não é diferente e uma prova disso são algumas músicas que estarão no A maré nenhuma. Mas porque eu vim falar disso agora?

É que acabei de voltar do ensaio. E hoje a gente passou três horas no estúdio criando uma nova introdução pra Samba de Paleta. Aí estava comentando isso com uma amiga e fui procurar um vídeo da música no youtube e acabei achando um dela e um de Acorde Universal (que também estará no cd) que nunca tinha visto. Uma surpresa muito boa, por sinal. Aí assistindo Acorde (é assim que a gente a chama nas internas) vi que a gente já mudou uns arranjos, efeitos, tempos e durações desde aquela época. E considerávamos a música fechada hermeticamente! Tanto é que ja vínhamos tocando ao vivo.

Aí como eu postei recentemente um vídeo na Nox da gente tocando ela, vou colocar aqui o que eu achei e vocês fazem a comparação. Meio jogo dos 7 erros. No caso, dos 7 arranjos. São coisas sutis. Quero ver quem é bom observador! Ah, e aproveitando coloco também o tal vídeo de Samba de Paleta pra vocês irem se despedindo da introdução meio jazz meio cool meio ohyes que rolava na música até hoje.

A nova intro? mmmm até gravei aqui mas não vou revelar agora não. Mas quem tá ligado aqui no blog vai ouvir antes de todo mundo.

Aí vão os vídeos:

Acorde Universal



Samba de Paleta (Paleta, que é como todo mundo fala. Eu nunca vi ninguém comprando paLHEta. nóis semo do povo!)

Fotos do show na Nox

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